Sempre me intrigou a busca pela perfeição.
Tanto sacrifício, tanta insatisfação e, por fim a competição.
Ser
perfeito com a necessidade de ser melhor, não de se tornar uma
pessoa melhor que antes, mas de ser melhor que todos.
Assisti
pessoas desesperadas, desiludidas, porque não alcançaram o corpo, o peso, o
status perfeito.
Pessoas
que foram fazendo quase todo impossível para atingir o topo, deixando para traz
pessoas feridas.
Alegria,
satisfação e prazer são sentimentos para aqueles que atingiram a meta, mas
depois de algum tempo, quando não puderam permanecer nesse lugar ficaram com os
mesmos sentimentos daqueles que não alcançaram: ansiedade, raiva, medo,
tristeza, inveja...
Se a
sensação de prazer é tão curta e a de estresse é tão longa, deveríamos repensar
sobre isso.
Senti esse desejo de buscar a perfeição, mas me afastei dessa possibilidade,
buscando o extremo oposto, que também não não trouxe nem alegria nem
satisfação.
O tempo,
esse que traz a sabedoria me ensinou:
QUERO SER
PERFEITA COMO A NATUREZA É: EM SUAS DIFERENÇAS, EM SUAS FALTAS, EM SUAS
ANOMALIAS.
Na
natureza tudo se encaixa perfeitamente.
A água do
pântano permite a existência de caranguejos, ás vezes, vermelhos, que alimentam os flamingos que tem sua cor maravilhosa.
A rosa do
deserto, maravilhosa, que surge de um tronco estranho, tortuoso, que é assim para
dar uma estrutura forte e nutrição em períodos longos de seca.
QUERO
ESSA MARAVILHOSA IMPERFEIÇÃO DA NATUREZA!
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