segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

BUSCANDO O SABOR DA LIBERDADE

Muitas vezes, ficamos incomodados ao ver pássaros presos em gaiolas. Dizemos que eles merecem a liberdade, o vôo livre, a experiência de buscar seu próprio alimento. E ao vê-los ali, não sabemos se foram capturados ou se já nasceram em cativeiro. E isso nos incomoda profundamente. Tão profundamente, que se viajássemos ao nosso interior, saberíamos que de alguma forma estamos tão conectados com a situação que eles vivenciam, que isso nos afeta profundamente.
Qual é a nossa cela? Quais são os nossos grilhões?
Sabemos que é autossabotagem.
É a traição que cometemos a nós mesmos, as vezes por convicções, por desejos, por expectativas, ignorância...
E o pior, as vezes, já nascemos em ambientes que já aprisionaram nossas mentes, fazendo-nos acreditar que não temos sabedoria,  intuição, e que nem a  nossa Alma é dona de nosso corpo, mas sim, que tudo: sabedoria, inteligência, alegria, etc., vem do exterior a nós mesmos, que devemos nos submeter ao outro no trabalho, no amor, no social, no espiritual, enfim, acorrentam nossas mentes, nossos corpos  para que acreditemos que é dessa forma que atingiremos a completude ou felicidade.
Essas gaiolas, são as gaiolas das crenças distorcidas: visões distorcidas do si mesmo que foram amadureceridas em nossas mentes, enquanto crescíamos.
Algumas delas:
sou burro, sou detestável, sou feio, ficarei sozinho pelo resto da minha vida; ninguém me aguenta, etc...
Tomemos cuidado para não sairmos de uma gaiola(crença) e entrarmos em outra.
Assim como os pássaros que já nascem com o dom de voar e de cantar, também temos os nossos dons a serem aprimorados durante nossa vida.
Se ao olharmos um pássaro ou qualquer animal aprisionado e nos sentirmos  tão afetados,comecemos  a ponderar sobre os grilhões que nos aprisionam de verdade e se realmente nos empenharmos ao retirá-los, aí sim, sentiremos o sabor da verdadeira liberdade.                      
A liberdade escondida dentro de nós.
E nos descobriremos rindo à toa, pelo simples prazer e gosto de liberdade.
(Estou aqui apenas a falar do sentido simbólico dessa prisão animal para o humano. Não me pretendo aqui discutir o sentido real do aprisionamento de animais).

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