Por que a toda hora aparecem regras para nos ensinar a sermos saudáveis?
Por que acreditar existir uma receita para a felicidade, que vem de fora de nós?
Desde pequenos aprendemos a obedecer: faça isso, faça aquilo, vista isso, você não devia ter dito isso, coma isso, diga obrigada... É dessa forma que nos relacionamos: sempre esperamos uma fórmula, um jeito diferente de fazer o que fazemos para nos sentirmos reconhecidos, aprovados... talvez amados.
Sabendo disso, a mídia ordena o que devemos comer; o que devemos desejar; o que devemos ter para nos sentirmos realizados e felizes.
E diferenças individuais podem interferir nesse processo?
Não aceitar todas “essas ordens” da mídia como estatutos, pode fazer com que você se sinta diferente da maioria. E podem lhe dizer que está alienado, conformado com uma vida medíocre, etc. Então você terá duas opções: estar excluído ou se permitir ser convencido para se sentir aceito no social.
Qualquer uma dessas opções poderá lhe levar a um conflito e esse conflito o levará a um adoecimento em algum nível.
Esse adoecimento advém de mensagens, pensamentos, comportamentos conflitantes.
Imagine o que acontece a uma pessoa que é puxada ao mesmo tempo por uma pessoa do lado
esquerdo e por outra do lado direito e ambas dizendo ser aquele o caminho correto. Você é machucado, sofre, fica paralisado e aí desiste do seu querer, e deixa o outro te levar.
Não existe caminho certo. Existe caminho a ser feito.
Quando alguém fez uma jornada e ao terminá-la não gostou, não significa que não tenha que fazê-la. Olho para essa experiência e se ela me agradar e me interessar poderei fazê-la ou não. Será minha escolha. Não tenho que acatar como lei a vida dessa pessoa, mas ouvir minha intuição.
O que posso fazer é ser inteligente o suficiente para agregar à minha experiência àquela que é do outro e, ser sábio para poder filtrá-la e torná-la como um farol para iluminar meu caminho.
Posso não ser “Vendedor de Planos, de Sonhos, de Sucesso”, entretanto, posso desenvolver habilidades que tenho, para ser eu mesmo.
Existem pessoas que desde pequenas já sabem quem são sua missão, e lindamente não precisam, nem permitem que outros determinem quem elas têm que ser.
Uma estória para ilustrar:
Um Rei tinha em seu Palácio, um jardim maravilhoso.
Certo dia saiu em viagem e ficou um mês ausente. Quando voltou e foi até o jardim, encontrou-o ressecado e saiu a perguntar:
Roseira, você estava tão linda, e, agora assim? O que te aconteceu?
Ela responde: Comecei a observar a parreira de uvas e percebi que eu nunca tinha produzido um fruto e me entristeci. O Rei chegou até a Parreira de Uvas e fez a mesma pergunta e então a parreira respondeu: Ah, meu Rei, olhei para o Carvalho e percebi que eu jamais seria tão alta e frondosa como ele e me entristeci.
Assim foi com todas as plantas, até que... andando entristecido, tropeçou em flores que estavam lindas e lhes perguntou: Por que somente vocês estão tão bonitas? E elas responderam: Quando o Senhor nos plantou, desejou que fossemos amores-perfeitos e é isso o que estamos sendo: amores-perfeitos.
E assim é:
Eu só posso ser EU mesmo, ter os meus próprios sonhos, fazer o meu próprio caminho e viver somente a minha vida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário